Ditirambos
Ditirambos
Os antigos gregos - durante o período clássico - de modo magistral, tinham o místico costume de verbalizar ditirambos, ou seja, cânticos, como forma de expressão religiosa e cultural, principalmente, para louvar o icônico deus Dionísio, através de corais ritualísticos pagãos e teatrais. Eram cantos inebriantes. É dessa representação que se vale o escritor Antonio Stélio que, neste livro, se manifesta enquanto poeta, cantando e decantando uma visão de mundo e, claro, sua eloquente imaginação. E de modo igualmente vibrante. Também como os gregos de outrora, o autor faz suas libações, não diretamente a Dionísio, mas a poetas e pensadores (os livres, de preferência), vivos e mortos, somente para desconstruir com suas odes e observações, os extremos. O que faz, aliás, como bom cético. Por fim, aconselhamos o leitor (a) perambular por este Ditirambos sem pressa alguma, qual seminarista noviço saboreando uma papinha de aveia, assim, pelas beiradas.